Prodeco apela à união dos Cabo-verdianos contra aumentos de preços / Nacional / Detalhe de Notícia
19-4-2011
Prodeco apela à união dos Cabo-verdianos contra aumentos de preços
A Associação de Defesa dos Consumidores da Praia (Prodeco) insurgiu-se hoje, 19, contra o aumento dos preços dos combustíveis, considerando-os "insuportáveis", e convidou os cabo-verdianos a lutarem contra essa medida.
Numa "carta aberta" a "todos os cidadãos consumidores", a Prodeco apela à união e luta contra os aumentos, defendendo que a estrutura da fixação dos custos dos combustíveis "parece um abuso de poder".
"Contempla tudo o que é despesas de funcionamento e de exploração das petrolíferas, ganhos, margem de erro e de ineficiência, acrescidos de taxas e impostos exorbitantes", sustentou.
A Prodeco critica sobretudo o valor que se paga pelo IVA e chama a atenção para a não criação de uma empresa de logística comum, "que teria um impacto positivo" nos preços, resultando numa redução de 25 por cento no preço final.
Os preços dos combustíveis voltaram a aumentar a 08 deste mês com a gasolina a subir para 171 escudos (1,55 euros), mais 4,58 por cento, e o gasóleo para 126 escudos (1,14 euros), mais 7,88 por cento, arrastando o aumento dos preços da energia, água, transportes, farinha e pão, entre outros bens de primeira necessidade.
A associação questiona por que não afectar uma fatia na receita fiscal do IVA para o fundo de estradas ou o que fazer para evitar "a subida dos preços de energia e água, dos transportes colectivos de passageiros, camiões e outros meios de transportes de mercadorias".
Levantando dúvidas sobre o destino dos sete escudos pagos de Taxa Rodoviária, a Prodeco faz estimativas sobre o que os cabo-verdianos passaram a pagar a mais pela subida dos combustíveis.
Por isso, apelou a uma tomada de posição para travar essa situação, que poderá ser concretizada através de uma petição ao Governo, um buzinão ou de bloqueios às bombas de combustíveis.
Criada em 2004 para proteger e defender os interesses dos consumidores, a Prodeco tem, entre as suas atribuições, emitir pareceres quando solicitada ou se torne necessário, desde que digam respeito aos interesses dos consumidores.
Em termos associativos, Cabo Verde conta também com a Associação da Defesa do Consumidor (ADECO), com sede no Mindelo, ilha de São Vicente.
Em Março último, o presidente da ADECO, António Pedro Silva, disse à Agência Lusa que o poder de compra dos cabo-verdianos está a sofrer "um impacto negativo generalizado", face à pobreza e desemprego reais e ao baixo nível salarial, bem como ao aumento dos bens de primeira necessidade.
19-4-2011, 16:17:13
Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas
Sem comentários:
Enviar um comentário